segunda-feira, 25 de julho de 2011


Eu poderia falar as línguas dos homens, e até a dos anjos,
mas se não tivesse amor, as minhas palavras seriam como o barulho
do gongo ou o som do sino.
Poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento,
entender todos os segredos, e ter toda a fé necessária para tirar as montanhas
de seus lugares;
Mas se não tivesse amor, eu não seria nada.
Poderia dar tudo o que tenho, e até entregar o meu corpo para ser queimado;
Mas se eu não tivesse amor, isso não me adiantaria nada.
O amor é paciente e bondoso.
O amor não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso.
Não é grosseiro, nem egoísta.
Não se irrita, nem fica magoado.
O amor não se alegra com o mal dos outros, e sim com a verdade.
O amor nunca desanima, mas suporta tudo com fé, esperança e paciência
O amor é eterno.

A DESPEDIDA DO AMOR

  Existem duas dores de amor:
   A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
   A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
   A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também...
   Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida... Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, lógicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.
   É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a "dor-de-cotovelo" propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: "Eu amo, logo existo".
   Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente...
   E só então a gente poderá amar, de novo.